Sexta-feira de gripe e casa, e a sempre especial companhia de Anne Hathaway, agora no filme Amor e Outras Drogas, e apesar de sua beleza, seu charme, seu sorriso avassalador, do seu talento e de toda a sua naturalidade nas diversas cenas de nudez, o filme não chegou a empolgar, pois a história demora a decolar, quando decola acaba caindo no comum das grandes maiorias das comédias românticas da atualidade.
O filme até começa fazendo uma crítica em tom de comédia ao mercado farmacêutico e suas investidas nem sempre corretas para colocar seus remédios nas receitas de muitos médicos,são favores ali e aqui e uma verdadeira guerra entre as farmácias, mas para isso não se tornar a única fonte do roteiro (do livro de qual é baseado), Anne Hathaway entra na vida de Jake Gyllenhaal, para uma história de amor, o problema é que o tiro sai pela culatra.
E os dois até constroem uma boa história de amor, um mulherengo que se apaixona por uma mulher que não quer nada sério com ninguém, apenas sexo, sexo e sexo, pois seu medo de amar é maior que o medo de sua doença.
Porém o filme acaba indo para o lado fácil de emocionar sem se esforçar muito e nem o talento dramático e cômico de Anne conseguem segurar o filme do destino comum, da fácil resolução que estes filmes acabam tomando. E talvez aqui o problema é que em muitos momentos o filme mais pareces uma propaganda de Viagra e remédios do que uma história romântica e talvez se ele encurtassem um pouco este lado, digamos, mais sério do filme, a história do amor poderia ser mais forte e tocar mais o público, por isso que digo que o tiro saiu pela culatra, para não ser apenas uma história sobre a venda de remédios o filme trouxe um romance, mas um atrapalhou o outro.
Um filme que tem bons elementos e tem o lado de trazer uma Anne Hathaway totalmente livre e tranquila em um papel simples,mas ao mesmo tempo é um filme que roda no mesmo lugar por muitos minutos e acaba voltando ao lugar comum.
Até,
André C.
Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs – 2010)
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Charles Randolph, Edward Zwick e Marshall Herskovitz, baseado no livro Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman de Jamie Reidy.
Elenco: Jake Gyllenhaal (Jamie Randall), Anne Hathaway (Maggie Murdock), Oliver Platt (Bruce Winston), Hank Azaria (Dr. Stan Knight), Josh Gad (Josh Randall), Judy Greer (Cindy) e George Segal (Dr. James Randall)
Normal que uma comédia romântica fique no lugar-comum. Realmente dá para contar nos dedos quantas foram revolucionárias, se é que houve alguma (agora não me lembro de nenhuma). Mas acho que esse filme é mais voltado às mulheres mesmo, que têm uma perspectiva diferente. Talvez seja por isso a sensação descrita no texto.
É Rafaela, talvez realmente o filme esteja mais voltado para as mulheres, mas ainda acho que ele poderia ter decidido se queria ser uma crítica as farmácias ou ser uma comédia romântica, acho que ficou no meio do caminho e fez um filme normal.
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