Um filme sobre fato reais pode perder a força por muitos já saberem o final, mas a maneira como tudo é contado aqui, a dinâmica, a boa presença dos atores, o braço firme do diretor, fazem do filme uma grande produção que vai ganhando força com o passar dos minutos.
A mescla de ficção, com imagens reais também funciona muito bem no filme, mostrando a trajetória do grupo durante anos perigosos de uma Alemanha em reconstrução e querendo achar sua identidade mundial (capitalismo, comunismo, etc).
O único problema do filme, por ser longo, talvez seja a parte do tribunal/prisão (um pouco longa e em certos momentos cansativa) e algumas passagens meio aceleradas ao longo da trajetória do filme, que talvez tenham ficado meio largadas justamente por se tratar de uma história longa em um filme já longo. O importante é que estas falhas de não estragam o resultado final.
Isso tudo graças ao diretor Uli Edel que teve o braço firme e conseguiu tirar dos seus atores, principalmente de Moritz Bleibtreu (Andreas Baader) e Johanna Wokalek (Gudrun Ensslin) , excelente performances. Só assim o filme conseguiu manter o alto nível mesmo com os problemas já citados de roteiro.
Resumindo: Der Baader Meinhof Komplex tem pequenos problemas, mas mesmo assim é um filme intenso, tenso e dominante nas suas 2:30 de filme.
Até,
André C.
O Grupo Baader Meinhof (Der Baader Meinhof Komplex – 2008)
Direção: Uli Edel
Roteiro: Bernd Eichinger com colaboração de Uli Edel baseado em livro de Stefan Aust
Elenco: Martina Gedeck (Ulrike Meinhof), Moritz Bleibtreu (Andreas Baader), Johanna Wokalek (Gudrun Ensslin), Nadja Uhl (Brigitte Mohnhaupt), Stipe Erceg (Holger Meins), Niels-Bruno Schmidt (Jan Carl Raspe) Vinzenz Kiefer (Peter-Jürgen Boock) e Simon Licht (Horst Mahler)