Neste drama sobre a vida após as perdas da guerra o que mais merece destaque é a beleza e o talento incontestável da Natalie Portman, a força do sempre imponente Sam Shepard e o talento das pequenas Bailee Madison e Taylor Geare.
Quem lê a sinopse do filme imagina um interessante drama familiar, mas o filme acaba indo para o lado mais fácil onde tenta simplificar a dor da perda e tenta criar um romance, uma fuga de duas pessoas que, em minha opinião, nunca surge na tela.
Sinceramente eu não consegui sentir aquela paixão entre os personagens de Natalie Portman e Jake Gyllenhaal, não que os dois não tenham atuado bem, muito pelo contrário, os dois estão bem, principalmente Natalie, mas parece que o roteiro tem pressa em montar a situação e tenta criar algo na cabeça de quem assisti da mesma maneira que criou em todos os personagens.
Essa trama só teria cabimento para o personagem de Tobey Maguire que volta após um trauma, e um sentimento de culpa e remorso que pode fazer com que ele não veja as coisas.
Não vi o original dinamarquês, mas li dizer que está muito anos luz a frente desta versão americana, então se um dia eu achar pretendo assistir para comparar, pois aqui o roteiro prejudica a boa atuação do elenco, por isso a nota abaixo.
É uma pena a ponta quase inexistente da bela Carey Mulligan.
Até,
André C.
Entre IrmãosBrothers – 2009)
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: David Benioff baseado no filme “Brødre”) de Susanne Bier e Anders Thomas Jensen.
Elenco: Tobey Maguire (Capt. Sam Cahill), Jake Gyllenhaal (Tommy Cahill), Natalie Portman (Grace Cahill), Sam Shepard (Hank Cahill), Mare Winningham (Elsie Cahill), Bailee Madison (Isabelle Cahill), Taylor Geare (Maggie Cahill) e Carey Mulligan (Cassie Willis).
Sheridan faz muito bem dramas familiares fortes. Pena que, de acordo com você, tenha sido solapado pelo roteiro.