Guardada as devidas proporções, Avatar provocou em mim a mesma reação que tive ao ver no cinema o primeiro Jurassic Park. A mesma fascinação que tive ao ver pela primeira vez os dinossauros de Steven Spielberg, eu tive ao ver o mundo de Pandora ali na tela.
Claro, os avanços do cinema entre 1993 e 2009 são imensos, no entanto sejam os quase jurássicos efeitos de Steven Spielberg ou nos novíssimos efeitos de James Cameron, nós voltamos a ser criança, nós voltamos a viver num mundo mágico. Através dos nossos olhos vivemos um mundo único e mágico que só o cinema é a capaz.
Se, lá em 1993, eu já fiquei de boca aberta, ontem eu só consegui trazer minha mente para realidade depois de 2 horas de filme, pois as imagens belíssimas, a fotografia impressionante, as cores vivas e dominantes, a tela IMAX e os efeitos 3D me envolveram por completo.
Avatar é uma experiência única do cinema! Avatar é um novo patamar para filmes 3D! Avatar é um passo gigantesco para a tecnologia dos filmes! Avatar é tecnicamente perfeito, impressionante e gigante! James Cameron conseguiu trazer o que o cinema tem de melhor, a Magia!
Porém como todo elogio, a gente sempre fica a espera de um “mas”, e infelizmente, eu tenho um “mas” para o filme.
Como já deixei claro, Avatar é único, é gigante é perfeito em todos os quesitos técnicos, porém faltou um algo a mais, pois quando você consegue colocar seus pés no chão e voltar a perceber que aquele mundo de fantasia é um filme, falta um pouco de conteúdo.
Avatar, talvez não causasse este impacto, esta coisa que nem sei definir direito o que é, se não fosse em 3D e se não te envolvesse com as maravilhosas imagens e belíssimas fotografias. Ou se não tivesse aquela tecnologia maravilhosa por trás, pois o roteiro de Avatar é simples, é mais uma análise simples do que o ser humano é capaz por riquezas, por conquistas e por poder.
James Cameron, como já foi dito por aí, pegou tudo que funcionou em Titanic: levou-nos para um mundo maravilhoso, algo grande e impressionante, nos fez ficar boquiabertos, anestesiados, surpresos, impressionados, etc. Fez com que simpatizássemos com o casal principal, fez um amor impossível entre duas pessoas de mundos diferentes (em Titanic o pobre e a rica, aqui o humano e a Na’vi), e depois colocou conflitos que colocassem o grande amor em prova (lá o acidente e aqui a cobiça do homem/guerra/destruição).
Tudo isso ele misturou com um pouco de crítica política ao homem de sempre, desde os colonizadores (a crítica mais clara do filme) até o homem de hoje, mas a coragem que Cameron tem em inovar, faltou no roteiro, pois se aproveitando do mundo mágico e maravilhoso que ele criou ele perdeu a chance de transformar ainda mais Avatar, pois não atacou profundamente nisso, deixou de ter um roteiro mais denso, forte e impactante.
Gostei muito do filme, porém sem toda aquela magia impressionante que vemos saltando da tela, Avatar seria um filme comum, longo e até cansativo, mas Cameron, um visionário, um diretor/produtor diferenciado, usou o que sabe de melhor: impressionar e hipnotizar quem vê o filme, daí o roteiro é apenas um detalhe para tanta mágica.
Mesmo com este pequeno pecado, Avatar é sim um grande filme, pasmem aqueles que acreditavam que eu detonaria aqui o filme por não ter gostado de Senhor dos Anéis, nem Matirx e nem conseguir ver Guerra nas Estrelas.
Até,
André C.
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Título Original: Avatar
Gênero: Ficção Científica/Romance
País: EUA
Ano de Produção: 2009
Tempo de Duração: 166 minutos
Lançamento no EUA: 16/12/2009
Lançamento no Brasil: 18/12/2009
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Sam Worthington (Jake Sully), Zoe Saldana (Neytiri), Michelle Rodriguez (Trudy Chacon), Sigourney Weaver (Dra. Grace Augustine), Giovanni Ribisi (Selfridge), CCH Pounder (Moha), Stephen Lang (Coronel Quaritch), Joel Moore (Norm Spellman), Laz Alonso (Tsu’Tey), Dileep Rao (Dr. Max Patel), Peter Mensah (Akwey) e Matt Gerald (Lyle Wainfleet)
Bom, acabei de ver Avatar em IMAX.
Confesso que não esperava uma história fantástica, o que acabei de confirmar. Pra mim, a história é uma como outra qualquer.
Mas, não fui pra ver especificamente o filme Avatar. Claro que aproveitei toda a falácia sobre ele, afinal, ele é um marco para o cinema com o seu 3D. Comparável, com certeza, ao que foi Matrix em seu primeiro episódio, com toda a técnica inovadora, porém simples, de filmagem.
Foi minha primeira experiência com 3D em cinema. Gostei. Mas pra mim, que não fiquei exatamente no meio da sala, o tamanho da tela atrapalha.
Pretendo assistir a Avatar em algum outro cinema 3D, com uma tela menor. Talvez eu me sinta mais confortável.
Pra resumir: Avatar tem uma história mediana, mas seus efeitos são dignos de Oscar.
É isso.
J.D.