Obviamente, como era previsto Lost não nos explicou tudo o que queríamos e deixou muitas dúvidas (novas inclusive) após o seu final, principalmente que a grande pergunta de Lost continua: O que era a Ilha?! Tenho minhas teorias e postarei aqui mais tarde, mas agora quero falar da série que amei, odiei, xinguei, aplaudi e que no final de tudo vai marcar para sempre a televisão mundial.
Sempre gostei muito de séries de TV, e até 2004 quando Lost estreou, não era assim um apegado a séries: via Friends, Two and a Half Men e outras comédias sem compromisso, acompanhava Smallville por gostar do Super-Homem, mas acabava abandonando estas séries mais longas e dramáticas, que exigiam de mim uma atenção maior do que uma comédia (e que normalmente eram no horário de jogos de futebol). Se não me engano Smallville eu abandonei na terceira temporada, por ter se tornada cansativa e repetitiva.
Até hoje largo algumas séries, por me irritarem em algum momento, como fiz com Heroes e mais recentemente com FlashForward que acabaram canceladas.
Mas Lost me marcou com seus mistérios, com suas idas e vindas, viagens no tempo, gente do mal, escotilhas, os outros, crianças desaparecidas, mortos andando, intrigas pessoais, ódios, amores, ursos polares, números misteriosos, pessoas misteriosas, Kate, Claire, Shannon, mortes misteriosas, bombas, explosões, aviões, barcos, submarinos, cervejas Dharma, etc.
Lost me marcou com sua inovação, com sua maneira de provocar via internet, lançar enigmas e teorias, todo detalhe era algo importante, o tubarão com a marca da Dharma, o livro que um personagem lia, a música que tocava numa cena, um pedaço de uma estátua, uma cabana, sussurros. A vontade de ler e ler mais spoliers e sites, depois discutir teorias concluir as suas, concordar com as dos outros, brigar, discutir, se irritar…
Lost marcou a TV como eu conhecia, pois foi com Lost que baixei meus primeiros episódios de TV da internet e deixei de ter hora marcada e de brigar pela TV com meu pai que queria ver algum jogo da terceira divisão do paulista. Com Lost consegui minha liberdade.
Com tudo isso Lost vai deixar marcas, e sei que nos altos e baixos das 6 temporadas, que praticamente podemos dividir em duas fases, as três primeiras contra as três últimas. Lost foi e sempre será especial para quem gosta de TV e de série.
Se ela não terminou como queriámos, se eu ainda estou aqui tentando pensar no último episódio, é porque Lost ainda vai sobreviver por anos, sendo para alguém ganhar dinheiro ou para nós mortais e fãs pensarmos e repensarmos teorias por trás da nossa maior dúvida: que diabos era a ilha?!
Com amor, com ódio e tudo que tive pela série (é fácil ver nos posts deste blog a partir de 2006) eu nunca deixei te gostar de Lost, de como ela modificava meus pensamentos sobre ela a cada episódio e de como ela conseguia me deixar ansioso, mesmo que não fosse mais como nas primeiras temporadas.
Sim, Lost teve defeitos, muitos, ganância, doideiras, mas Lost foi uma série FORA DE SÉRIE, ÚNICA E MARCANTE.
Lost nos fará falta e deixará lembranças.
p.s.: o título é em homenagem a Lost e ao Wellington que me mandou uma sms no exato momento onde tudo acabava e Jack fechava seu olho!
Ontem, após acabar de ver o último episódio senti uma tristeza daquelas quando vc está se despedindo de um grande amigo porque irá mudar de cidade e que uma hora ou outra a distância vai acabar nos afastando. Gostei muito de Lost, mesmo em temporadas não tão boas, ela permaneceu instigante para terminar ao meu ver com um grande final.
Abs!
Eu detestei o fim… novelinha?! não foi o lost que aprendi a amar!