Sinopse: Randy “Carneiro” Robinson é um solitário e famoso lutador de wrestler que se sustenta através das lutas e também de “bicos” que faz em um mercado local. Após um intenso combate, Randy sofre um infarto e, depois de uma cirurgia, é informado que corre risco de morte se voltar a praticar atividades físicas. Assustado, ele procura dividir sua angústia com uma stripper, por quem nutre um desejo e, que o ajuda a retomar o contato com Stephanie. Dividido entre um passado de glória e um futuro incerto, Randy se vê pressionado a retornar ao ringue para uma importante revanche que pode mudar a sua vida.
Título Original: The Wrestler
Gênero: Drama
País: EUA
Ano de Produção: 2008
Tempo de Duração: 115 minutos
Lançamento no Brasil: 13/02/2009
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Robert D. Siegel
Elenco: Mickey Rourke (Randy “Carneiro” Robinson), Marisa Tomei (Cassidy), Evan Rachel Wood (Stephanie Robinson), Mark Margolis (Lenny), Todd Barry (Wayne), Wass Stevens (Nick Volpe), Judah Friedlander (Scott Brumberg) e Ernest Miller (Aiatolá).
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Achei o filme que foi o grande injustiçado do Oscar 2009, dos que concorreram ao Oscar que eu já vi, Benjamin e O Leitor, ele é muito melhor que os dois. Filme puro, intimista e extraordinário. Filme sobre a vida, que é dura e complicada, mas que a gente sempre encontra em algo a sua felicidade, para o Randy “Carneiro” sua paixão pela luta.
Deixo claro que não é um filme fácil, até seu ar de documentário, principalmente quando temos em cena apenas Mickey Rourke, pode complicar um pouco, mas a maneira como a câmera segue o personagem principal, mostrando suas costas cansadas com o peso da vida, da glória é sensacional.
Falando em sensacional o jogo de simbolismo usado para mostrar o trajeto do “Carneiro” no mercado é para mim uma cena de poesia extrema, uma cena que marcará o filme, pois é poesia pura. É emocionante.
Sem dizer na trilha sonora, nas atuações e na música tema de Bruce Springsteen.
Vamos por partes: Mickey Rourke que retorno! Que atuação! Ok! Todo mundo já disse que o filme parece uma releitura de sua própria carreira, que era promissora, de glórias (quem não lembra dele em Coração Satânico?), mas que as drogas, a vaidade e a vida praticamente o derrubaram. Escolhas erradas na vida praticamente acabaram com a carreira dele, mas que tem neste retorno ou quem sabe, último grande filme, uma atuação triunfal. Mickey Rourke domina a tela, o filme é dele, tudo pertence a ele no filme. Com tamanha autoridade e experiência ele dá um show de sentimentalismo e emoção. As duas cenas marcantes com sua filha, a boa atriz Evan Rachel Wood, a cena final e a briga com Cassidy são profundas, mas sem sentimentalismo barato. São 4 cenas gloriosas de um grande ator, que mesmo com o rosto um pouco seco, deformado, consegue nos passar emoção. O cinema redescobriu um grande ator.
E Marisa Tomei, antes de falar da atuação dela, não dá para deixar de falar da personalidade de uma atriz aos 44 anos mostrar seu corpo, belíssimo por sinal e assumir com grande dignidade o papel de uma stripper. Aliás, Marisa Tomei é uma daquelas atrizes injustiçadas do cinema, muitos criticam seu Oscar por Meu Primo Vinny e eu acho que ela teve sua maior atuação em Entre Quatro Paredes, mas me pergunto porque nunca deram a esta atriz um papel principal, forte, marcante? Se com papéis pequenos ela já faz o que faz, imagine se ela realmente tivesse a sua disposição 2 horas de filme? Sua atuação é simples, mas intimista e marcante. Sem dizer que em uma das cenas, para mostrar o contraste da mulher que vive da noite e da verdadeira mãe de família, ela aparece sem maquiagem, dando mais realismo a cena. E o que dizer da cena final do filme? Que só funciona por causa da qualidade dos dois atores, sem ela a atuação do Mickey Rourke seria normal, um completou o outro.
Sensacionais.
A trilha de Rock dos Anos 80 e a canção tema de Bruce Springsteen, outros injustiçados no Oscar. Ok! Seria impossível a Academia dar um Oscar para uma trilha repleta de rock, e do bom rock dos anos 80, mas ignorar por completo a canção tema já é errar demais.
Um filme intimista, real, verdadeiro e espetacular.
O melhor filme que vi até o momento em 2009.
Até,
André C.
O Denis do The Cinemaníaco viu e comentou, clique aqui e veja o que ele achou! Abaixo o vídeo da bela música tema do filme.
André, cada vez mais esse filme cresce como o meu preferido. Estou na dúvida entre ele e Frost/Nixon. Rourke é muito carismático, é só lembrar daquela cena no balcão do supermercado em O Lutador e ver como ele contagia o público com sua simpatia. Que injustiça fizeram em não nomear a canção de The Wrestler! Nesse quesito me pareceu um pouco de armação para que Jay Ho ganhasse, aumentando assim o número de prêmios de Slumdog. Obrigado pela citação no texto. Abs.