Sinopse: Kym está visitando sua família devido ao casamento de sua irmã, Rachel, do qual será madrinha. Ela carrega consigo um histórico de conflitos pessoais e familiares, que aos poucos se manifestam no período em que está no local.
Título Original: Rachel Getting Married
Gênero: Drama
País: EUA
Ano de Produção: 2008
Tempo de Duração: 114 minutos
Lançamento no Brasil: 13/02/2009
Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Jenny Lumet
Elenco: Anne Hathaway (Kym), Rosemarie DeWitt (Rachel), Mather Zickel (Kieran), Bill Irwin (Paul), Anna Deavere Smith (Carol), Anisa George (Emma), Tunde Adebimpe (Sidney) e Debra Winger (Abby).
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Se você acha que é mais um filminho sobr casamento, engana-se, este filme na verdade não se trata de um filme sobre casamento, mas sim uma análise de uma família que pode parecer perfeita e refeita após um grande trauma, mas que ainda tem suas diferenças, seus problemas guardados e esperando para explodir.
O diretor Jonathan Demme faz uma ótima análise sobre os problemas da família, apesar do roteiro não se aprofundar nunca em alguns assuntos (comento isso mais adiante). Com uma direção segura e muito bem bolada, já que nos fez presente nos preparativos da festa, como se fossemos personagens, pessoas presentes em tudo, como se fossemos amigos da Rachel.
E desta forma ele vai nos apresentando um a um os problemas da família, que é longe de ser perfeita. Problemas entre pai e filha, filha e mãe, entre irmãs, etc. Aqueles problemas que existem na minha família, na sua e na de todos, mas sempre achamos que grama do vizinho é mais verde. E com estes problemas o diretor vai tirando atuações
espetaculares, principalmente do elenco feminino: Anne Hathaway, Rosemarie DeWitt e Debra Winger.
É impressionante ver como Anne Hataway vem deixando de ser apenas um rostinho lindo e meigo, é incrível imaginar que ela já fez filminhos bobinhos como O Diário da Princesa, e hoje é esta grande atriz com um futuro para lá de promissor. Com certeza esta não foi sua última indicação ao Oscar, acredito que vem muito mais por aí. Ela é soberana na tela, ela está soberba, Anne Hathaway atua de uma forma limpa e sincera, é impressionante como ela se entrega de corpo e alma a tal recuperação de Kym, e como ela tenta de todas as maneiras expor suas angustias por causa do seu passado, porém não consegue. Anne Hathaway nos passa isso de uma forma natural, sem forçar, apenas atuando de forma magistral.
Mas Anne Hataway não está sozinha na tela, pois uma das melhores cenas do filme é quando Rachel, vivida espetacularmente por Rosemarie DeWitt, solta tudo que pensa da irmã, numa cena diregida de forma perfeita por Demme. A atriz, desconhecida para mim, não perde em nada para a atuação de Hathaway na mesma cena. Rosemarie Dewitt, consegue mostrar todas as armaguras que guarda da irmã, do pai que protege demais o passado de Kym, ali, por causa desta atuação pensamos realmente estar dentro de uma família que conhecemos. E assim como ela consegue nos passar esta armagura e ressentimento com o passado, ela consegue nos passar um amor puro quando no dia do seu casamento da banho na sua irmã, sofrendo após mais um erro.
Só estas duas atrizes já valem o filme, mas o que falar da grande Debra Winger, que anda sumida, esquecida e que em uma cena pequena, mas de grande força ela mostra seu talento. A sua dicsussão com sua filha Kym é de um realismo impressionante, mas uma vez a atuação de Hathaway é valorizada, pois contracena com uma atriz que mantém o mesmo nível na tela.
Ok! Tem uma atuação masculina que merece atenção: Bill Irwin, que na mesma cena em que a família discute todos seus problemas na sala de casa, também nos passa um realismo impressionante no seu choro. O pai é inseguro e tem um medo gigante de perder novamente a filha, e principalmente não a culpa pelo passado, o que talvez o machuque.
Falando isso tudo você deve pensar, que filme maravilhoso! Mas não é, é apenas um bom filme que tem no seu roteiro alguns defeitos, por expor vários problemas familieares ele não se aprofunda em nenhum, tudo bem, brigas de família são assim, fala-se um monte, sobre tudo e no fundo sobre nada, mas aqui algumas coisas ficam no ar, como a relação entre Kym e sua mãe Abby, que desde que Kym volta para casa já parece ser bem mais complicada do que realmente é, ainda mais que não sabemos que aquela briga foi algo que explodiu ou simplesmente já era assim, uma culpando a outra.
Então o filme vale a pena principalmente pelas belas atuações femininas e por alguns bons momentos, como o ensaio, os votos do noivo para Rachel e as brigas já citadas. O filme é um excelente drama familiar, com altos e baixos, mas que vale a pena ser visto para quem gosta de um bom cinema.
Mesmo com a excelente atuação de Anne Hathaway, o Oscar realmente ficou em boas mãos, mas Anne Hathaway logo, logo coloca um na estante.
A Weiner do blog A Grande Arte já viu, clique aqui e veja opinião dele.
Até,
André C.
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