Enquanto defini o sueco Deixe Ela Entrar como Belo, forte, dominante, poético, triste, denso, aterrorizante, profundo… Eu posso definir o Deixe-me Entrar como um remake sem o principal, a alma! O diretor Matt Reeves até tentou montar um filme quase que cópia do original, mas a alma não se copia e ainda, em alguns casos, tirou do público o que o original deixou, a dúvida e até a sua poesia.
Não vou dizer que Deixe-me Entrar não tem suas qualidades, tem sim, mas o problema maior é ser um remake de um filme que ficou entre um dos melhores filmes que vi em 2009, o filme parece falho em pontos que considerei cruciais no original, falta talvez aquela ar mais frio do cinema sueco e até na escolha do elenco.
Falando do elenco, podemos comprar as duas atrizes que fazem a pequena vampira, enquanto no sueco vemos Lina Leandersson com uma beleza discreta, traços mais retos, duros, um ar distante e que traz consigo uma grande carga dramática, aqui vemos Chloe Moretz, que até parece uma atriz promissora, mas que não consegue encarnar o que Lina conseguiu que foi uma frieza incrível, um ar de estar em eterna briga com seus sentimentos. Isso talvez nem seja culpa dela, é que Chloe Moretz é mais feminina e tem um ar mais doce do que Lina, ou seja, a escolha da atriz me pareceu errada, pois por mais que Moretz se esforce falta a ela os traços mais simples e um ar muito mais frio e distante do que vemos em Lina e, sinceramente, isso é essencial para este papel.
No caso do Kodi Smit-McPhee no papel que foi Kåre Hedebrant, vejo o inverso, pois apesar dele conseguir encarnar muito bem um ar indefeso e solitário, falta a Kodi Smit-McPhee aquela cara de anjo, de uma criança fechada em seu mundo, que tínhamos no caso de Kåre Hedebrant.
Ou seja, no caso de Chloe Moretz sobrou doçura e faltou em Kodi Smit-McPhee, pois é o que vemos no filme original, lá temos dois atores bem definidos e aparentemente frios, aqui faltou frieza e parece que tentaram dar um ar meio meu primeiro amor no relacionamento dos dois.
Bem, já deixei claro que um dos problemas deste remake foi a diferença dos atores mirins, mas outra coisa exagerada aqui são os ataques de Abby, exageros no sentido muito efeito especial, muita maquiagem e muito vamos aterrorizar o público, isso, em minha opinião, também vai contra o resultado final, que no filme original era mostrar as particularidades de uma amizade onde o bom e o mal podem andar lado a lado, mesmo com todos os problemas.
Outro ponto falho foi tirar do público algumas coisas que te deixam pensando após o término do filme, como nas e revelações sobre Abby e seu “pai”, algo meio desnecessário que parece quer explicar tudo para quem assiste.
Bem, você deve pensar e porque ele ainda disse que o filme não é de todo ruim, o filme tem mérito ao tentar reproduzir o mesmo ambiente do original, locações parecidas, muita neve, a fotografia e não tentar mudar demais o roteiro, a essência do original está ali, mas o ar mais “americanizado” deixou a desejar e fez de Deixe-me Entrar um filme bem distante do que poderia ser.
Até,
André C.
Deixe-me Entrar (Let Me In – 2010)
Direção: Matt Reeves
Roteiro: Matt Reeves baseado no roteiro do filme Deixe Ela Entrar de John Ajvide Lindqvist, que é baseado em seu próprio livro Låt den rätte komma in.
Elenco: Chloe Moretz (Abby), Kodi Smit-McPhee (Owen), Richard Jenkins (The Father), Cara Buono (Owen’s Mother), Elias Koteas (The Policeman), Sasha Barrese (Virginia), Chris Browning (Jack) e Dylan Minnette (Kenny)
Eu não assiti o original, mas achei o “Deixe-me entrar” uma tentativa vã de pegar carona na onda de filmes sobre vampiros.
Particularmente não gostei! História bobinha e produção meia boca!
Paola,
se você assistir ao original vai perceber que é um filme muito mais denso e que não é apenas mais um filme bonitinho sobre vampiros que hoje enchem a TV e o cinema.
Bj
Por Em sua lista dos melhores filmes de 2010 o escritor Stephen King colocou na primeira posicao Deixe-me Entrar Let Me In remake de Deixa Ela Entrar Let the Right One In baseado num best-seller sueco escrito por John Ajvide Lindqvist. Ate mesmo porque King nao colocou em sua lista Cisne Negro porem nao deixou de lado o exagerado Jackass 3De lembre-se Deixe-me Entrar e um remake de um filme simplesmente perfeito lancado em 2008..O proprio diretor do filme original ja havia alfinetado a producao da nova versao com aquelas verdades que todos ja conhecem Por que eles apenas nao leem as legendas? questionou Tomas Alfredson Remakes deveriam ser feitos de filmes que nao sao muito bons o que da a chance de consertar o que estava errado.