As Idades do Amor é um filme simples, sem muita ambição e deve ser tratado pelo público desta maneira, ou seja, um filme para passar uma tarde agradável, mas sem ter muitas pretensões do que verá na tela.
As Idades do Amor não traz nenhuma inovação e nem tenta deixar algo marcante sobre o amor durante suas duas horas de duração, aliás, este longo tempo de duração prejudica o filme que tem conta 3 pequenas histórias, mas que ao chegar na última já parece estar se alongando demais. A culpa disso é justamente da segunda história, pois ela não tem a força sexual da primeira (graças a presença de Laura Chiatti) e depois fica provado que não teve também o romantismo da terceira, com a surpreendente química entre Monica Bellucci e Robert De Niro.
Como já disse o filme basicamente passa por 3 idades do amor, e tenta mostrar que as pessoas são capazes das mais diferentes atitudes quando o assunto é amor, paixão ou apenas sexo, atitudes que podem causar arrependimento, felicidade, paz e várias outras sensações, porém, como falei acima, o filme tem uma grande queda na segunda história e talvez tivesse mais força se tivéssemos apenas 2 histórias e que ambas fossem melhor desenvolvidas.
O fato de ter a segunda história, do apresentador Fabio (Carlo Verdone), é totalmente prejudicial ao filme, uma vez que por ela estar presente a primeira história parece um pouco corrida, e olha que se ela fosse melhor trabalhada toda aquela amizade entre os moradores e o advogado Roberto (Riccardo Scamarcio), assim como seu romance com a bela e sexy Micol (Laura Chiatti) pareceriam mais sinceras e mais reais, como tudo foi mostrado rapidamente, parece tudo meio forçado.
A terceira história não perde muito pelo fato de ter a segunda antes dela, apesar de que, como eu falei, ao chegarmos nela parece que o filme é longo demais, porém a boa história que nós vemos na tela acaba melhorando esta impressão.
Outra coisa que fica um pouco fora do filme ou que é mal aproveitado é o tal cupido taxista, pois ele parece ficar meio perdido entre as histórias, aparecendo apenas nos finais das segunda e da terceira, ou seja, parece que o roteiro tinha uma ideia, mas na hora H o cupido não teve nenhuma finalidade e sem dizer que parece meio novela mexicana as suas aparições.
No final As Idades do Amor faz rir sem muita pretensão, faz acreditar no amor de todas as formas, mas é só e nem com a bela presença de Monica Bellucci em boa sintonia com Robert De Niro o filme realmente empolga (e os dois fazem parte da melhor história do filme), resumindo é um bom filme e só.
Até,
André C.
As Idades do Amor (Manuale d’am3re – 2011)
Sinopse: Roberto é um jovem e ambicioso advogado que está prestes a se casar com Sara. Toda a sua vida é prefeitamente planejada. Durante uma desapropriação da qual é o encarregado, ele encontra Micol, uma bela e provocante mulher de uma pequena vila na Toscana. É aí que as coisa começam a se complicar… Fabio, um famoso apresentador de televisão, tem sido o marido perfeito durante vinte e cinco anos. Certa noite, numa festa, ele encontra Eliana, uma “femme fatale” cheia de surpresas. Esta única noite juntos torna-se complicada quando ela se recusa a ir embora… Adrian é um americano professor de História da Arte que se mudou para Roma após o divórcio. Ele é amigo de Agusto, o porteiro do prédio onde mora, cuja exuberante filha Viola está prestes a quebrar sua existência pacífica e reacender seu fogo…
Direção: Giovanni Veronesi
Roteiro: Giovanni Veronesi e Ugo Chiti
Elenco: Robert De Niro (Adrian), Monica Bellucci (Viola), Riccardo Scamarcio (Roberto), Michele Placido (Augusto), Carlo Verdone (Fabio), Laura Chiatti (Micol), Valeria Solarino (Sara), Vittorio Emanuele Propizio (Cupido) e Donatella Finocchiaro (Eliana).
Acho que o resumo da história acabou focando muito no problema da segunda história, repetindo que ela é cansativa e não tem tanta força quanto as outras. Isso é fato, mas há outros aspectos do filme que poderiam ser abordados, já que há grandes atores na trama, inclusive o De Niro. Acredito que, apesar de o filme ter alguns problemas, ele consegue convencer e há bons fatores que interferem para isso. Talvez isso poderia ter sido melhor explorado.
É Rafaela, fui um pouco repetitivo sobre a segunda história, mas concordo com você que você que o filme tem seus valores que valem a pena conferir, por isso mesmo que dei 2,5 para o filme. A ideia foi boa, mas faltou aproveitar e explorar mais.
Obrigado pela visita,
André