Tem filmes que quando acabam você fica com aquela sensação estranha de dúvida, de não acreditar que o filme acabou daquela maneira. É complicado explicar, mas você fica com uma sensação de que faltou algo, que algo se perdeu e o filme acabou.
Em Ao Entardecer a sensação de que falta algo já começa na primeira meia hora de filme, pois a grande história de amor que Vanessa Redgrave lembra o filme todo, não empolga, não tem aquele grande amor, pois falta paixão. Logo que ela começa a lembrar a gente até fica curioso, mas isso se perde porque esperamos um amor único, e ele não vem.
E não é por culpa do elenco, um ótimo elenco feminino, mas sim do roteiro e do diretor Lajos Koltai que transformaram o filme em algo sem sal, um pouco previsível e que joga o talento de grandes atrizes fora, em uma história que parece se arrastar em alguns momentos. É um daqueles filmes que se você dormir alguns minutos, não perde nada, pois as coisas demoram a acontecer.
E olha que o filme tem um excelente elenco feminino, além de Vanessa Redgrave (excelente) tem Claire Danes igualmente ótima, e ela é responsável por um dos melhores momentos do filme em uma discussão com Hugh Dancy, perfeito. Ainda vale lembrar a sempre ótima Toni Collette, a participação inspiradíssima de Gleen Close e uma pequena ponta da grande Meryl Streep.
Infelizmente, como disse no começo deste post, faltou paixão no triângulo amoroso do filme, e mesmo com um elenco afinado, uma boa trilha e uma fotografia espetacular, o filme não decola, e em minha opinião não empolga, vale pela atuação das atrizes.
Ao Entardecer ( Evening – 2007)
Direção: Lajos Koltai
Roteiro: Susan Minot e Michael Cunningham
Elenco: Claire Danes, Toni Collette, Vanessa Redgrave, Patrick Wilson, Hugh Dancy, Natasha Richardson, Mamie Gummer, Eileen Atkins, Meryl Streep e Glenn Close
Pena que não decole. Se eu resolver assistir, vai ser só pelas atrizes…
Gustavo,
vale pelo elenco de peso e de qualidade!
Abraços