Muita gente não consegue mais ver filmes ou sentir interesse sobre filmes que falam sobre a Segunda Guerra, é visível que o público já cansou ou precisa de alguma coisa nova sobre Hitler e o Holocausto, e junte a este fato a produção ser francesa, daí o interesse diminui ainda mais.
Porém quem tiver a chance de ver Amor e Ódio era se surpreender positivamente sobre um filme que mostra a Guerra, longe da Guerra, pois traz a França dominada pelos Alemães, dando bastante ênfase ao lado político da França de Vichy, liderada pelo Marechal Pétain (Roland Copé) e pelo vice-presidente Pierre Laval (Jean-Michel Noirey), onde os acordos para a rendição da França e para manter o “poder” tiveram que entregar mais de 10 mil judeus para os Nazistas.
E para mostrar o lado político influenciando na vida conhecemos algumas famílias judias que vivem aos redores de Montmartre e que possuem seu dia a dia mudados completamente, cada momento uma nova decisão do governo, manipulado pelos nazistas, seja o uso de uma estrela amarela até a proibição de frequentar parques! Além destas famílias vemos a figura de uma enfermeira, que não acredita no que está vendo, que tenta lutar sozinha contra o desrespeito ao ser humano. O filme mostra bem este lado de esperança das pessoas em ajudar ao próximo e de principalmente acreditar que nada daquilo poderia acontecer e que a França jamais cometeria aqueles atos.
E o filme se torna ainda melhor por causa de um ótimo elenco, encabeçado por Jean Reno, que mesmo em uma papel secundário mostra todo o seu talento e domina o filme quando aparece na tela, mas o destaque é mais uma vez a bela Mélanie Laurent (Bastardos Ingórios e Não Se Preocupe, Estou Bem!), que encarna com o coração a sua relação afetiva com as crianças, seu talento dramático é colocado a prova perto do final do filme. Melánie é uma das musa deste blogueiro e mais uma vez dá um show de interpretação.
Além de Reno e Laurent, as crianças estão muito bem com destaque para os gêmeios Mathieu e Romain Di Concerto no papel do pequeno Nono, mas ainda destacam-se o comediante Gad Elmaleh no papel do pai da família Weismann e sua esposa, a belíssima, Raphaëlle Agogué, todos juntos formam de Amor e Ódio um filme de um tema batido, mas de excelente qualidade.
Até,
André C.
Amor e Ódio (La rafle. – 2010)
Direção: Rose Bosch
Roteiro: Rose Bosch baseada em uma história real.
Elenco: Jean Reno (Dr. David Sheinbaum), Mélanie Laurent (Annette Monod), Gad Elmaleh (Schmuel Weismann), Raphaëlle Agogué (Sura Weismann), Hugo Leverdez (Jo Weismann), Mathieu e Romain Di Concerto (Nono Zygler), Oliver Cywie (Simon Zygler), Sylvie Testud (Bella Zygler), Anne Brochet (Dina Traube), Denis Menochet (Corot), Roland Copé (Maréchal Pétain), Jean-Michel Noirey (Pierre Laval), Udo Schenk (Adolf Hitler) e Franziska Schubert (Eva Braun)
Olá, assisti ao filme e gostaria muito de saber sobre a trilha sonora. A parte em que toca a música no rádio, e todos dançam, você sabe qual é o nome daquela?
Oi Marina,
não tenho certeza, mas pesquisei um pouco e talvez seja “Tombé du ciel” (http://www.youtube.com/watch?v=vTmDqSygZ7s).
Obrigado pela visita,
André
Amigo acabei de assistir o filme e vim imediatamente procurar sobre a atriz que faz o papel de enfermeira pois achei que ela fez uma atuação apaixonante. Acabei caindo aqui no seu site, aproveitei e li sua crítica e tive as mesmas impressões que a tua sobre o filme. Excelente produção, belas atuações um filme realmente comovente.
muito triste esse filme
um bom filme.. Adorei!!!
Gostaria de saber qual o a música do tema do piano?