Se não fosse por Matt Damon eu colocaria Invictus como um filme cinco estrelas, mas o ator se esqueceu que ele não vivia novamente Jason Bourne e sim um personagem real, e que precisava mais do que ficar no piloto automático.
Posso até ser um pouco radical, ainda mais que Matt Damon até concorreu ao Oscar, mas em minha opinião tudo que Morgan Freeman conseguiu nos passar com sentimento de um ser humano, Damon parecia um robô treinado para tentar imitar humanos. Matt Damon se esqueceu de por emoção, de sentir a história verídica, de realmente se sentir afetado por tudo, mais que caras e bocas, Matt Damon deveria ter colocado sentimento e coração em seu personagem.
Tirando este fato, o filme funciona e se torna bom pelo poder de interpretação de Morgan Freeman, que soube dar um coração a seu Nelson Mandela. Freeman em uma ótima atuação é a alma do filme e que acaba salvando o filme do comum.
O filme retrata muito bem o lado pessoal, político e de esperanças que Mandela coloca no Rugby como o ponto de partida para, definitivamente, unir um país, e mesmo sendo contestado por todos a sua volta, e tendo um pouco de desconfiança de negros e brancos Mandela conseguiu o que queria, uniu todos em uma mesma nação.
Talvez, além de Damon, o outro problema do filme tenha sido a expectativa em torno dele, principalmente pelos nomes do elenco, por ser baseado na história real de um líder mundial e de ter na direção a força de Clint Eastwood. O público esperava algo maior, mais forte e marcante, e vemos um filme normal, com uma boa história e direção no máximo precisa.
Invictus é um bom filme sobre Mandela, mas é claro que este não deve ser o melhor (e pelos nomes esperávamos isso), mas mesmo assim é um filme com bons pontos e que merece ser visto.
Invictus (Invictus – 2009)
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Anthony Peckham baseado em livro de John Carlin
Elenco: Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng, Matt Stern, Julian Lewis Jones e Adjoa Andoh