Logo no primeiro sermão do filme somos agraciados com esta frase que é no mínimo intrigante: “Doubt can be a bond as powerful and sustaining as certainty.” (A dúvida pode ser um elo tão poderoso e sustentável como a certeza). E se o Padre Flynn consegue provocar que todos dentro de sua paróquia se olhem intrigados, faz o mesmo com a gente, pois passamos o filme todo com Dúvidas.
E assim, despertando a Dúvida, que o filme se sustenta tanto quanto a certeza, pois passamos os 104 minutos de filme com as mesmas Dúvidas, mas com 4 certezas, 4 grandes interpretações de Meryl Streep, Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e Viola Davis.
Falar da dupla de antagonistas é praticamente se tornar repetitivo, pois são grandes atores e que atuam com uma natureza impressionante, a cena em que finalmente vemos os dois “duelando” é algo de se pensar: Por que eles não ganharam o Oscar?
Este ano foi por azar, pois no caminho da dama do cinema, da diva Meryl Streep tinha uma atuação perfeita de Kate Winslet. E no de Hoffman, um ator impressionante, tinha um Coringa perfeito de Heath Ledger. Aliás, se alguém souber me responder porque o papel de Philip Seymour Hoffman foi considerado coadjuvante?! São coisas que não entendo da Academia, mas quem sou eu para reclamar?!
Voltando ao Oscar! Eu também me pergunto quem estava no caminho de Amy Adams?!
Viola Davis! E no Caminho de Viola Davis?
Amy Adams! Ok! Eu sei que quem levou foi Penelope Cruz pelo seu desempenho em Vicky Cristina Barcelona, mas as duas atrizes dão um show que é de se admirar, principalmente no caso de Amy Adams, que até hoje atuou em produções bobinhas ou em papéis extremamente pequenos, como em Jogos do Poder.
Amy Adams é tão sincera em sua cena com Meryl Streep que é tocante, é tão verdadeira que nos deixa boquiabertos, pois ela enfrenta a Reitora de uma forma impressionante, e o valor da atriz está justamente na cena seguinte, onde ela recua, e volta a ser a irmã simples, quieta e boa.
Já Viola Davis merecia o Oscar por uma interpretação forte, de personalidade e extremamente crucial ao filme, e isso aparecendo apenas 10 minutos na tela. Nunca vi uma atuação tão marcante em tão pouco tempo. É impressionante!
Ok! Mas falei, falei e não disse porque uma atrapalhou a outra! Bem, a atuação de Penelope Cruz é muito boa, mas não seria nada injusto dar o Oscar para uma das duas atrizes, porém em um filme sair duas atuações tão fortes como atriz coadjuvante, pode ter prejudicado a Academia escolher qual era melhor, bem esta é minha opinião, pois nem eu sei qual delas merecia, desuclpem o trocadilho, mas fiquei em Dúvida! Ou seja, é melhor ficar com a Penelope Cruz mesmo.
Só falei das atuações e não falei do filme, bem o filme é isso. O diretor John Patrick Shanley, apenas adaptou sua peça vencedora do Pulitzer da forma mais simples, como se faz nos palcos, focou nos atores e deixou a história entre um Padre com visões mais modernas da Igreja, mas que talvez seja Pedófilo, e a Irmã, que acredita que o medo é a melhor forma de educação, acontecer naturalmente.
Um grande filme!
Até,
André
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Título Original: Doubt
Gênero: Drama
País: EUA
Ano de Produção: 2008
Tempo de Duração: 104 minutos
Lançamento no Brasil: 06/02/2009
Direção: John Patrick Shanley
Roteiro: John Patrick Shanley, baseado em peça teatral de John Patrick Shanley
Elenco: Meryl Streep (Irmã Aloysius Beauvier), Philip Seymour Hoffman (Padre Brendan Flynn), Amy Adams (Irmã James), Viola Davis (Sra. Miller), Alice Drummond (Irmã Veronica), Lloyd Clay Brown (Jimmy Hurley) e Joseph Foster (Donald Miller).
Estou doida para assistir “Doubt”, ainda mais porque o filme tem dois aspectos que eu admiro bastante sendo elogiados: o roteiro e o elenco.
Oi Kamila!
Então este filme é um prato cheio para você, já que as atuações são espetaculares!
Abraços,
André
Concordo com o relator!!!
Os dois sermoes do Padre sao muito bons, principalmente o que abre o filme….
Sds
Wellington
ps.: que tal mais uma série-> “Kings”!!!!!
O filme é impressionante! É cercado de uma situação com a qual nos deparamos à todo instante: julgamentos e certezas absolutas. Sensacional. E, em minha modesta opinião, não há comparação entre as atuações de Streep e Hoffman e os ganhadores do Oscar. Talvez o impacto do filme colabore com essa “certeza absoluta”… a Viola tem uma cena com a Meryl Streep que ficará na antologia do cinema e poderia evoluir para servir de referência para o assunto do qual trata… Imperdível!