Para mim o grande trunfo de As Coisas Impossíves do Amor não é o grande drama por trás do casal vivido por Natalie Portman e Scott Cohen, mas sim em como podemos ver certas situações de forma diferente dependendo do lado em que se está na relação.
Logo que começou o filme pensei que o filme seria um grande drama, que cairia no comum e no choro fácil, até pode ser que alguns cheguem ao choro, mas o filme trata na verdade da relação de uma família com o adultério, e com o lado que você está deste adultério.
E para que isso fique claro, Natalie Portman (atual musa deste blogueiro) tem uma ótima atuação e momentos marcantes ao demonstrar claramente que ela, a outra, tem problemas de aceitar o pai e seu passado e isso prejudica sua vida com seu marido e com seu enteado. A forma como ela expressa esta dúvida de sentimentos, ainda marcados pelo passado e aumentados pela tragédia é uma das boas coisas do filme.
O diretor Don Roos tem seu mérito em não se aprofundar só na tragédia familiar, deixando o relacionamento entre adultos e crianças, entre a família como o ponto principal e faz de um filme simples uma boa surpresa.
Até,
André C.
As Coisas Impossíves do Amor (Love and Other Impossible Pursuits – 2009)
Direção: Don Roos
Roteiro: Don Roos baseado em romance de Ayelet Waldman.
Elenco: Natalie Portman (Emilia Greenleaf), Lisa Kudrow (Carolyne), Lauren Ambrose (Mindy), Anthony Rapp (Simon), Scott Cohen (Jack), Charlie Tahan (William) e Debra Monk (Laura)