Com o tempo mais curto para ir ao cinema o Netflix passa a ser a nossa melhor alternativa para ver filmes e séries, se para séries o esquema é bom, para filmes a gente precisa peneirar bastante e vez ou outra encontra boas apostas.
Mas não é o caso do filme A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos, não, o filme não é de todo descartável, tem muito coisa que se aproveita nele, inclusive saber um pouco da história por traz da organização Ateístas da América, mas falta força e coragem.
O filme segue a vida de Madalyn Murray O’Hair que em dado momento da sua vida resolve, junto com seu filho apoiar negros que faziam protesto contra a lanchonete White Castle que não permitia a entrada de negros, isso gera uma repercussão muito grande por serem os únicos brancos apoiando negros e isso traz a tona um lado mais crítico de Madalyn com a sociedade e ela decide não ficar mais calada, porém esse lado só ressurge novamente quando ela percebe que seu filho, crianças judias e de outras religiões são obrigadas a rezar antes da aula. Assim ela compra briga com o estado para acabar com essas obrigatoriedade nas escolas, separar educação e religião.
Até ai o filme vai bem, Melissa Leo começa a tomar conta do filme no papel de Madalyn, mas o filme começa a ficar arrastado indo e vindo na história de Madalyn, mas sem nunca se aprofundar na relação dela com os filhos e neta ou em temas mais fortes, como o uso da sociedade ateísta para enriquecimento ilícito ou no tamanho do ódio que a sociedade americana tinha em relação a ela.
Tudo isso deixa o filme bem vazio e em certos momentos perdemos o interesse pela história de Madalyn, uma vez que não conseguimos nem simpatizar e nem odiá-la, nem Madalyn do passado e muito menos a do Presente provocam estes sentimentos, o que é uma pena, pois perde um trabalho muito bem construído por Melissa Melo que, neste caso, mereceria um roteiro melhor trabalhado e com mais impacto.
Resumindo, o filme poderia ser mais forte, mais impactante, mas o roteiro é um pouco vazio e deixa muitas coisas perdidas no ar, talvez o filme não se perca completamente porque Melissa Leo consegue realmente segurar com forças as pontas soltas do roteiro, dar vida a e fazer um filme no mínimo interessante.
A Mulher Mais Odiada dos Estados Unidos (The Most Hated Woman in America – 2017)
Direção: Tommy O’Haver
Roteiro: Tommy O’Haver e Irene Turner
Elenco: Melissa Leo, Josh Lucas, Brandon Mychal Smith, Adam Scott, Rory Cochrane, Alex Frost, Vincent Kartheiser, Michael Chernus e Juno Temple.