A melhor coisa do filme é Kat Dennings, a trilha e os extras super bacanas do DVD, do resto uma comédia romântica adolescente com certa inteligência e alguns erros.
O filme tem seu valor, apesar de trazer mais uma vez Michael Cera no mesmo papel de nerd, bobinho e apaixonado, e mesmo ele repetindo mais uma vez seu papel, o casal principal funciona bastante, talvez por serem completamente opostos.
Kat Dennings e Michael Cera são bem diferentes no filme. Ele, como já disse, bobinho, nerd e todo apaixonado, um adolescente que vive num conto de fadas com uma menina que não quer nada com nada, que usa da inocência dele para se sentir melhor. E ela dura, forte e que tem medo de que se apaixonem por ela por interesse. E o filme trabalha muito bem isso, pois tudo se passa em apenas uma noite na cidade que nunca dorme, NY. E coloca os dois frente a frente, para se completarem.
Situações como dúvidas, inveja, traição, corações partidos, sexo, sexualidade, gostos musicais, flerte, namoro, encontros e desencontros, o filme tem de tudo que acontece numa vida de adolescentes desde amores impossíveis até bebedeiras históricas. E isso funciona muito bem, mas mesmo assim parece que falta um pouco mais de ambição ao filme.
Parece que o filme quer ser um cult, quer ser um ícone do amor adolescente, mas ao mesmo tempo se contenta em ser apenas mais um filme de adolescentes, ou seja, é um filme que agrada, mas poderia ser algo mais.
Outra coisa que faz o filme perder alguns pontos é o personagem totalmente exagerado, da menina bêbada que é dependente da amiga. Ok! Isso existe, bebedeiras históricas todo mundo já viveu ou presenciou, mas o filme exagera demais com este papel que chega a ficar algo inverosímel.
Mas comecei o post falando de Kat Dennings. Bem, ela não é mais bela das adolescentes no cinema, mas possui uma graça diferente, e que nos passa uma beleza cheia de inteligência e charme. Uma boa atriz, mas que também nos surpreende no bacana extra do DVD, onde a atriz cria com recortes e desenhos sua visão de Nick e Norah, muito bem humorada. Graças a Kat o romance do filme passa a ser bem real, pois o seu personagem leva o de Michael Cera para o fim, obviamente, previsível.
Falando em extras, o DVD é repleto de extras. Para quem tem um tempo sobrando vale a pena ver o diretor e co-diretor (admito que não lembro) conversando sobre as storyboards. Muito bacana para quem gosta de cinema. Ainda tem uns vídeos feitos pelos próprios atores, também bem interessante. E os extras não param por aí, tem muito mais e merecem uma atenção em especial.
Voltando aos atores. Michael Cera precisa urgentemente de um papel diferente, senão sua carreira acabará logo ou ficará marcada para sempre como o mesmo nerd bobinho e apaixonado. É o terceiro filme que vejo com ele, e é o mesmo papel de Juno e de Superbad. Talvez ali esteja um bom ator, mas até agora ele só tem atuado no automático.
A trilha meio indie, meio pop, é bem interessante e também merece um destaque em especial e talvez merecesse ser um personagem mais forte no filme, aliás, nos extras tem um CLIP de uma das bandas do filme.
Bem, um bom passatempo, que poderia ser bem mais do que é.
Até,
André C.
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Sinopse: Nick e Norah são apaixonados por muitas coisas. Para esses jovens não há nada como um inusitado encontro para revelar paixões musicais, segredos e o tamanho de uma amizade. Uma noite agitada em Nova Iorque promete fazê-los descobrir o que há de bom em ter afinidade com alguém e ter a experiência de ser dois em um.
Título Original: Nick And Norah’s Infinite Playlist
Gênero: Comédia
País: EUA
Ano de Produção: 2008
Tempo de Duração: 90 minutos
Lançamento no Brasil (DVD): 07/04/2009
Direção: Peter Sollet.
Roteiro: Lorene Scafaria, baseado em livro de Rachel Cohn e David Levithan
Elenco: Michael Cera (Nick), Kat Dennings (Norah), Aaron Yoo (Thom), Rafi Gavron (Dev), Ari Graynor (Caroline) e Alexis Dziena (Tris).
Oi André,
fique a vontade em me adicionar, aliás, fico até com vergonha de vc ter me visitado, meu blog é tão simples que dá até vergonha. Fiz mais para passar um pouco de informação sobre bons filmes para alguns alunos.
Obrigada novamente pela atenção!!!
=)
é bom ver que o comercial, previsível e impiedoso cinema americano,saturado de celebridades cheias de silicone e botox, se rendeu a uma produção independente regada a rock básico,ingenuidade adolescente,e uma destrambelhada moça bêbada que diz,a plenos pulmões:”Eu amo Nova York!”.parabéns.
Ele não foca simplesmente na juventude clichê e fake dos EUA, mas sim na juventude atual do Alternative rock/Folk. A junção da realidade com a expressão fotográfica da BIG Apple ficou excelente. Apesar dele pecar, no estilo nerd moderno comum, no personagem principal.Acredito que seja um dos primeiros filmes a expressar tal juventude e ridicularizar a famosa e idolatrada bebedeira.