O último filme de 2012 foi o nacional Heleno, e o grande problema de Heleno é que as mulheres fogem do filme por pensar se tratar de um filme de futebol, e nem o astro Rodrigo Santoro é o bastante para atrair o público feminino, e já o masculino espera muito mais futebol do que realmente o longa mostra, por isso Heleno é um filme inconstante e alguns momentos cansativo.
Rodrigo Santoro mostra mais uma vez que realmente se tornou um ótimo ator, ajudado por uma maquiagem exuberante e com a bela fotografia em preto e branco o ator cria três Helenos completamente distintos, um era bem sucedido, charmoso e principalmente um craque dentro de campo, o outro era explosivo e principalmente louco dentro de campo e fora dele e por final cria um Heleno doente, viciado e completamente louco.
O problema é que o roteiro e a forma como José Henrique Fonseca apresenta o filme, compilando com idas e vindas entre passado e presente, trazem um filme confuso e até cansativo, pois parece que a toda hora desejam mostrar que os erros de Heleno na sua juventude o levaram para loucura, seu vício em éter e lança perfume, a sua relação inconstante com as mulheres todos foram responsáveis para o fim triste de Heleno, deixando tanto seus romances e quanto o futebol como detalhes superficiais da vida daquele que é considerado o primeiro craque problema do futebol brasileiro.
O filme peca nestes dois pontos importantes. Primeiro em não focar um pouco mais no futebol e na relação de Heleno com o esporte, já que diferente de todos os outros atletas do Botafogo, Heleno jogava para ser o maior, para ser o craque e não pela sobrevivência, o futebol era apenas um detalhe na vida dele e o filme infelizmente deixa isso como apenas um detalhe durante todo o longa, mesmo que alguns momentos mostre que era ali entre as 4 linhas que Heleno se sentia imbatível, é pouco para um jogador que tinha no esporte as suas maiores ambições pessoais, de ser o maior de todos os tempos.
Outro ponto é seu romance confuso com a sua futura esposa Silvia (a bela Alinne Moraes em boa performance) e com a cantora Diamantina (Angie Cepeda), além da relação distante que mantinha com sua mãe, sempre falando por telefone, cartas ou através do irmão. Tudo parece resumido rapidamente, mesmo sendo uma parte importante na vida do jogador, como o filme demonstras nas idas e vindas.
Heleno tem seus méritos, principalmente pela bela atuação de Rodrigo Santoro e a bela fotografia em preto e branco do Rio de Janeiro, mas é confuso e cansativo ao tratar o futebol, o romance e até o vício, de formas superficiais na vida de um jogador de futebol, mulherengo, louco e viciado.
Até,
André C.
Heleno (Heleno – 2011 )
Sinopse:O jogador de futebol Heleno de Freitas (Rodrigo Santoro) era considerado o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, numa época em que a cidade era um cenário de sonhos e promessas. Sendo ao mesmo tempo um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol, além de galã charmoso nos salões da sociedade carioca, tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos.
País: Brasil
Direção: José Henrique Fonseca
Roteiro: Felipe Bragança, Fernando Castets e José Henrique Fonseca baseados no livro Nunca Houve um Homem como Heleno, de Marcos Eduardo Novaes.
Elenco: Rodrigo Santoro (Heleno de Freitas), Alinne Moraes (Silvia), Angie Cepeda (Diamantina), Othon Bastos (Carlito Rocha), Erom Cordeiro (Alberto) e Herson Capri (Médico).
Não vi mas tenho bastante curiosidade…
P.s.: Voltei com o Portal Cine! =)
Eu tinha a curiosidade e por gostar muito de futebol fui ver esperando um pouco mais de bola rolando, mas mesmo assim outros detalhes acho que prejudicaram o filme, mas vale conferir!
Abraços e bom retorno!