O filme da diretora e roteirista Sylvie Verheyde é extremamente interessante até a sua metade, pois vivemos na mente de uma menina, a Stella do título!
Stella (Léora Barbara) é uma criança diferente das demais, por ter uma relação mais livre com seus pais, por ser criada em um bar, ela aparenta ser mais madura, mais vivida e parece entender que a vida é ela e apenas ela, que o que está a sua volta não mudaria isso. E vamos percebendo isso através de suas narrações das imagens que vemos, seja no bar de seus pais, ou na escola.
Este ritmo vai muito bem até Stella começar a ter problemas com seu ambiente, com a adolescência, com os pais e perceber que ela pode fazer a diferença em sua vida, que ela não precisa ser apenas mais uma naquele ambiente em que vive.
Neste momento o filme parece querer ir para um lado, algumas coisas que acontecem no bar e na família de Stella que são importantes para a mudança da personalidade dela, ficam meio jogados e perdemos um pouco daquela intimidade que criamos com Stella no começo do filme.
Isso não estraga o filme, mas quebra seu ritmo. Se a diretora Sylvie Verheyde deixasse cirar uma intimidade de verdade com Stella o filme estaria entre os melhores que vi este ano.
O filme deve agradar quem gosta de filme sobre a transformação de crianças, de um bom filme francês, mas não é um filme comum e que não deve agradar quem apenas quer um filme para passar o fim de semana.
Até,
André C.
Stella (Stella – 2008)
Direção: Sylvie Verheyde
Roteiro: Sylvie Verheyde
Elenco: Léora Barbara, Mélissa Rodriguès, Laëtitia Guerard, Karole Rocher e Benjamin Biolay