Biutiful é daqueles filmes onde o filme só não cai no comum e não se torna cansativo ao extremo por causa da força, do talento e da qualidade do seu ator principal, uma vez que Javier Bardem é a alma, o corpo e a melhor coisa do novo filme do diretor Alejandro González Iñárritu, e por este motivo o ator concorre novamente ao Oscar de Melhor Ator.
O diretor outra vez faz uma análise dos problemas, ou melhor, das doenças do mundo moderno e de como as pessoas, normalmente tristes e sem esperança, tentam sobreviver e acreditar em um mundo mais bonito, e aqui não é diferente, pois o personagem de Javier Bardem (Uxbal) não tem esperanças de um mundo mais alegre, apenas tenta fazer o bem e deixar tudo arrumado para o fim.
Usando e abusando de uma fotografia mais pesada, escura e com algumas tomadas exageradas o diretor passa ainda mais o ar sufocante da vida de Uxbal, e isso só não se torna cansativo, irritante e pesado demais, pela presença de Javier Bardem, que faz de seu Uxbal um personagem forte, sincero e altamente envolvente com o público. Só por causa do ator o filme consegue vencer as barreiras do cansaço e se tornar um filme no mínimo interessante e atraente.
O cinema Alejandro González Iñárritu, em minha opinião, tem grande valor, mas não inova e tem sempre um pouco do mesmo, e tem se tornado meio batido, aqui, como já frisei, só tem qualidade pela força de Javier Bardem na tela, e é por causa disso a nota abaixo.
Até,
André C.
Biutiful (Biutiful – 2010)
Direção: Alejandro González Iñárritu
Roteiro: Alejandro González Iñárritu, Armando Bo e Nicolás Giacobone.
Elenco: Javier Bardem (Uxbal), Maricel Álvarez (Marambra), Hanaa Bouchaib (Ana), Guillermo Estrella (Mateo), Eduard Fernández (Tito), Cheikh Ndiaye (Ekweme) e Diaryatou Daff … Ige