Já falei aqui algumas vezes que não sou um grande leitor de quadrinhos, então acabo vendo essas adaptações de HQs famosas para o cinema com outros olhos e não daquele fã fiel que não perde um lançamento, por isso a minha percepção sobre Wolverine: Imortal, adaptação distante dos quadrinhos Eu, Wolverine de Chris Claremont e Frank Miller, pode não agradar aos fãs do herói.
Hugh Jackman volta para a pele de Wolverine mais uma vez, mas agora o herói mais famoso dos X-Men vive recluso e distante do mundo real por causa dos dramas internos que vive, principalmente relacionado ao grande amor da sua vida Jean Grey (Famke Janssen), porém o chamado de um antigo amigo o faz ir até o Japão, onde de fato desenrola todo o filme, já que é lá que ele se apaixona por Mariko (Tao Okamoto) e é traído pela família dela.
Bem, o resumo do filme é basicamente esse porém durante essa luta contras suas perturbações internas Wolverine se envolve emocionalmente com um novo amor e precisa protege-la da máfia japonesa, Yakuza, de ninjas e da mutante Víbora (Svetlana Khodchenkova), ao mesmo tempo que abre mal dos seus poderes para que ele deixe de ser imortal.
É por causa desse ambiente, de drama, romance e ação que o filme apresenta altos e baixos, sem dizer que faltou ousadia nas cenas de ação, que não surpreendem e nem fogem daquilo já visto nos filmes com o mutante. Vale ressaltar que até o 3D do filme é algo simples e que não traz nenhum diferencial para quem opta por ver o filme nesse formato.
Apesar disso Wolverine: Imortal tem ótimas cenas, como a cena de luta em cima do trem, uma das cenas mais interessantes do filme, pois é uma luta bem esquematizada, coreografada que usa bem os poderes do mutante. Outro ótimo destaque é a presença da assassina japonesa Yukio (Rila Fukushima), para mim a grata surpresa do filme por mesclar ação, violência e um pouco de bom humor.
Wolverine: Imortal não é um filme ruim, mas a impressão que dá é que sempre que ele vai decolar, algo o segura e traz ele para o chão novamente, preferindo seguir o lado certinho e menos agressivo do herói, algo que eu realmente esperava ver mais na tela.
Vale ressaltar que existe uma cena durante os créditos finais, como já é comum nos filmes dos mutantes.
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Até,
André C.
Wolverine: Imortal (The Wolverine – 2013)
Sinopse por Adoro Cinema: Após matar Jean Grey (Famke Janssen) para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan (Hugh Jackman) decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva, como um ermitão. Deprimido, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima). Ela foi enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada. Yashima deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todo tipo. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da Yakuza, a máfia japonesa.
Direção: James Mangold
Roteiro: Mark Bomback e Scott Frank baseados nos quadrinhos de Chris Claremont e Frank Miller.
País: EUA/Austrália
Duração: 126 minutos
Elenco: Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Tao Okamoto (Mariko), Rila Fukushima (Yukio), Hiroyuki Sanada (Shingen), Svetlana Khodchenkova (Viper), Brian Tee (Noburo) e Hal Yamanouchi (Yashida).