É impressionante como uma boa idéia pode sumir em questão de segundos com um roteiro cheio de clichês, se você não acredita e quiser comprovar, você pode assistir Distrito 9.
O filme do pupilo de Peter Jackson, Neill Blomkamp, começa bem e apesar dos comparativos com o Soweto e o Apartheid, já que o filme passa em Joanesburgo, a idéia é muito interessante, de como a humanidade reagiria se ETs moribundos chegassem até aqui. Deixá-los-íamos para morrer? Daríamo-los um local decente para viver? Exploraríamos como escravos? O que faríamos?!
No filme a humanidade, através de uma falsa ONU, resolveu dar cuidados para eles e deixá-los em um local chamado de Distrito 9 (o famoso Soweto fica no Distrito 3), local que vira um favelão, com violência entre eles, e abusos dos homens.
Poxa?! Aí dava para trabalhar muito bem um filme político, com ficção e tornar Distrito 9 em um filme muito interessante, até para aqueles que não gostam de ação e/ou ficção, porém o diretor e o roteiro resolveram ir para o lado errado.
O filme vira um filme de ação/ficção com lutas entre humanos e ETs, sem dizer que suga vários tipos de clichês: um contra todos, militares durões, homem contaminado por uma doença de ETs (não lembra A Mosca?) e assim por diante, até o ET bonzinho que só queria voltar para casa temos no filme, ainda bem que ele não fala: ET Telefone Minha Casa!!!
Resumindo, o diretor Neill Blomkamp tinha uma boa idéia nas mãos, mas fez um roteiro e um filme que ficou no meio do caminho, e não conseguiu ser nem um ótimo filme político e nem um filme de ficção inesquecível.
Um filme comum, como todos os seus clichês.
Até,
André C.
Distrito 9 (District 9 – 2009)
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp e Terri Tatchell
Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, Elizabeth Mkandawie, John Sumner e William Allen Young.
Uma ficção-científica surpreendente. Bem construído e com ótimas críticas a humanidade, desde a sua organização até seus preconceitos. Uma história interessante e extremamente bem dirigida. Òtimo filme!
Eu acho “Distrito 9” um exercício bem interessante de cinema, contando com uma grande atuação do Sharlto Copley, mas o filme em si se perde no seu ato final.
Kamila, Gustavo e Cleber,
realmente eu vi outro filme. Não gostei tanto quanto vocês, pois eu espera alguma coisa diferente e mais política, mas aí está a beleza do cinema, uns amam e outros odeiam.
Abraços,
André
Não concordo, a premissa não me parece comum, nem tampouco suas implicações de tema – só a estética o é.
Cumps.