Em A Felicidade Não Se Compra George Bailey tinha um sonho: viajar o mundo e construir pontes, arranha céus e conhecer o mundo com a arquitetura. George Bailey foi representado pelo grande James Stewart que tinha o mesmo sonho, ser arquiteto. Neste caso, com sucesso, já que James Stewart se formou na Universidade de Princenton.
Mas não estou aqui para falar do arquiteto James Stewart, pois infelizmente não sei de nenhuma grande obra dele neste meio, mas em compensação na tela grande este americano de Indiana, na Pennsylvania, deixou um legado enorme.
Nascido em 20 de maio de 1908, James Maitland Stewart, estreou nos cinemas no filme Art Trouble de 34, e nem merecendo créditos, segundo o IMDB. Com vários filmes de 34 a 38, filmes importantes como: Mulher Sublime (The Gorgeous Hussy, 1936) com Joan Crawford e Lionel Barrymore, Que Papai Não Saiba (Vivacious Lady, 1938) com Ginger Rogers e muitos outros filmes.
Mas foi com o primeiro filme da sua parceria de sucesso com Frank Capra que o cinema começou prestar mais atenção neste grande ator, foi no excelente Do Mundo Nada Se Leva (You can’t take it with you, 1938) que vimos James Stewart interpretar um papel que tornaria sua marca registrada, o do bom homem, honesto convicto e de um caráter acima de qualquer suspeita.
1 ano após o sucesso de James Stewart e Jean Arthur em Do Mundo Nada Se Leva, Frank Capra chamou a mesma dupla para o filme: A Mulher Faz o Homem (Mr. Smith Goes to Washington, 1939) é que o mundo, os críticos e o cinema finalmente conheceram Jimmy Stewart. Sua atuação magistral como um homem inocente do interior que é eleito para ser senador e que decide lutar pelos seus ideais mesmo cercado de lama e corrupção. Foi a primeira das 5 indicações ao Oscar.
Uma cena brilhante de A Mulher Faz o Homem
Sendo indicado novamente por Núpcias de Escândalo (The Philadelphia Story, 1941) com grandes feras do cinema Cary Grant e Katharine Hepburn, onde ele levou o Oscar de Melhor Ator de 1941.
Após a Guerra (ele foi o primeiro ator a se alistar), a sua volta ao cinema foi agraciada com a indicação em mais uma parceria com Frank Capra, na obra-prima do diretor: A Felicidade Não Se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946), filme preferido deste que vos fala e que já foi lembrado aqui no primeiro Cenas Que Marcam, clique aqui para ver.
Em Meu Amigo Harvey (Harvey, 1950) fazendo um papel de um rapaz que acreditava ter como um amigo um coelho de 2 metros de altura, e que teimava apresentar a todos, Jimmy Stewart concorreu ao seu quarto Oscar.
A última indicação acabou vindo 9 anos depois em Anatomia de Um Crime (Anatomy of a Murder, 1959), onde James está soberbo, fantástico no filme que é considerado até hoje um dos melhores de tribunal.
Algumas cenas de Anatomia de Um Crime de 1959
Mas mesmos os filmes que a academia não percebeu James estava sempre bem, sendo considerado um dos maiores atores de sua geração e olha que não era uma época fácil no cinema, pois astros de qualidade surgem da noite para o dia. E dentre estes filmes James teve uma outra parceria muito bem sucedida, com o mestre do suspense Alfred Hitchcock em 4 filmes: Festim Diabólico (Rope, 1948), Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956) e Um Corpo Que Cai (Vertigo, 1958). Parceria de sucesso em grandes filmes do diretor.
James Stewart e Grace Kelly em Janela Indiscreta de 1954
Mas não poderia deixar de citar a parceria em 8 filmes com o diretor Anthony Mann em faroestes de qualidade como: E o Sangue Semeou a Terra (Bend of The River, 1952), Winchester ’73 (Winchester ’73, 1950), Borrasca (Thunder Bay, 1953), O Preço de um Homem (The Naked Spur, 1953), Região do Ódio (The Far Country, 1954), Um Certo Capitão Lockhart (The Man from Laramie, 1955). E em dramas como Música e Lágrimas (The Glenn Miller Story, 1953) contando a vida do grande Glenn Miller e Comandos do Ar (Strategic Air Command, 1955).
O faroeste Winchester ’73 de 1950
E James era incansável foram mais de 90 filmes que marcaram a história do cinema, desde filmes inesquecíveis e sensíveis como A Felicidade Não Se Compra à Westerns como O Homem Que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance, 1962) com John Wayne, se eu for falar mais e mais sobre ele, este post ficará ainda maior e eu jamais conseguirei definir, ou melhor, mostrar o tamanho do talento e do caráter deste ator espetacular, que foi perfeito em tudo que fez e querido por todos que o conheceram.
O Homem Que Matou o Facínora de John Ford
Então, faça como eu e veja aos poucos os filmes de James Stewart e conheça relamente quem é este ator, que pode ter nos deixado em 1997, mas estará sempre presente na mete de cinéfilos e amantes do cinema.
Um tributo a James Stewart narrado por George Kennedy
Até,
André C.
é simplesmente maravilhoso e emocionante de rever James Stewart, e o que mais me marcou foi o Musica e Lágrimas. Parabens a todos voces que colocam essas cenas para matar Saudades recentes e ainda viva de minha juventude.Obrigado.
E AI MAICA NOSSO CAVALINHO NAO CHEGOU NA FINAL, MAS VC ACERTOU NOS TEMAS DOS FILMES.BJOCA