O grande favorito ao Oscar 2012 chega hoje aos cinemas de Curitiba e deixa algumas perguntas no ar: será que um filme preto e branco e mudo conseguirá agradar ao público brasileiro? Será que um filme que lembra com nostalgia a época muda do cinema conseguirá se manter no grande circuito das grandes salas? Será que um filme, digamos, sem grandes nomes, co-produzido por França e Bélgica, conseguirá atrair o público mais jovem e que mantém as salas de cinema cheias?
O filme do diretor francês Michel Hazanavicius, que concorre a 10 estatuetas do Oscar, entre elas, melhor filme, direção, ator (Jean Dujardin) e atriz coadjuvante (Bérénice Bejo), segue a história de um “casal”, George Valentin e Peppy Miller, enquanto ele é um grande astro do cinema mudo e vê a decadência da sua carreira, ela começa a se destacar como uma futura estrela do novo cinema falado.
Obviamente é impossível falar de O Artista e não lembrar de Cantando na Chuva, principalmente ao retratar a difícil mudança do cinema mudo para o falado, mas o filme, que agrada aos críticos, traz homenagens a Charlie Chaplin e outros, e traz aos dias de hoje a magia de um cinema que conseguia agradar com simplicidade dos sorrisos, das piadas marotas e com passos de dança.
Infelizmente uma das perguntas já está praticamente respondida aqui em Curitiba, pois o filme estréia em apenas 2 salas: Cinemark Mueller e no UCI Palladium, mostrando que o filme ainda é uma incógnita para os grandes circuitos, que preferem não arriscar com o filme.
Até,
André C.