Febre do Rato é uma expressão muito usada no nordeste para pessoas que estão fora de controle, mas neste filme nacional que estréia hoje em todo o Brasil (aqui em Curitiba ainda não) a expressão é usada como o título do “jornal” escrito pelo poeta e anarquista Zizo (Irandhir Santos) que tem como ideia principal levar a todos as suas ideias, com várias propostas anárquicas que valorizam o livre arbítrio das pessoas, o amor, sem se seguir a vida civilizada e cheia de regras.
O diretor Cláudio Assis visita outra vez Recife, mas desta vez de uma forma muito mais poética do que em Amarelo Manga de 2002 e bem menos violento do que em Baixio das Bestas de 2006. Aqui o diretor usa os poemas do roteirista Hilton Lacerda, o sexo, a nudez, a política e principalmente a liberdade dos seus personagens para mostrar os contrastes da sociedade pernambucana, viajando fundo nas favelas e mangues de Recife na fotografia em preto e branco de Walter Carvalho.
Além de Irandhir Santos o elenco traz Ângela Leal, Matheus Nachtergaele, Nanda Costa, Tânia Granussi, Maria Gladys e Conceição Camarotti, e foi o grande vencedor do Festival de Paulínia 2011 com oito prêmios, entre eles melhor ficção, ator e atriz (Irandhyr Santos e Nanda Costa).