O cinema brasileiro ainda sofre com o preconceito e o olhar desconfiado de boa parte do público que frequenta as salas do Brasil. Estes dias ouvi uma pessoa dizendo que cinema nacional é podre, que não tem recurso e que ele não pagaria um ingresso para ver filme nacional, que filme nacional é para se ver na TV,
Concordo sobre a falta de recursos e um dos motivos da falta de recurso é que nossas produções sofrem para alcançar grandes bilheterias o que deixa muitos empresários desconfiados em investir no nosso cinema. Se uma pessoa com um bom nível intelectual e com uma vida boa pensa assim de um filme nacional, e se os empresários já olham meio desconfiados para filmes que tem um apelo mais comercial, imagine o que eles pensam de um documentário nacional?
Por isso é de se louvar o esforço que a diretora Luciana Burlamaqui tem ao levar aos cinemas do Brasil o seu documentário, Entre a Luz e a Sombra, que investiga a violência e a natureza humana de 3 personagens que passaram pelo Carandiru. Abaixo veja o trailer da produção que chega hoje aos cinemas de São Paulo e Belo Horizonte e deve chegar aos cinemas do Rio de Janeiro em 04/12. Infelizmente uma produção destas deve passar longe dos cinemas de Curitiba.
Sinopse: O documentário investiga a violência e a natureza humana a partir da história de três personagens que tiveram seus destinos cruzados no complexo Carandiru, considerado até então o maior presídio da América Latina. Uma atriz que dedica sua vida para humanizar o sistema carcerário. A dupla de rap 509-E, formada por Dexter e Afro-X dentro do Carandiru. Um juiz que acredita em um meio de ressocialização mais digno para os encarcerados. Entre a Luz e a Sombra acompanha a vida desses personagens durante sete anos, a partir do ano 2000. As temáticas da prisão, crime, violência, reintegração social extrapolam para o encontro de classes sociais distintas e as mais difusas contradições do ser humano na busca de seus ideais.
O Você Viu? agradece ao Marcelo da bcultural por nos dar a oportunidade conhecer mais sobre este documentário nacional!
Até,
André C.
A premissa é pra lá de interessante. Não sabia da existência desse documentário. Adorei! Pretendo vê-lo agora.